quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Parte 8

Continuação...
- Estamos mesmo um pouco desorientadas nessa cidade, somos novas aqui e apesar de ser uma cidade pequena ficamos realmente muito perdidas. Sim, e como vocês obtiveram essa informação tão importante, a de que somos estrangeiras desbravando uma terra nova? – O rapaz riu juntamente com Sofia e sua gargalhada extraordinária. – Nessa hora a vontade de dar um pontapé no tornozelo da irmã foi muito forte, mas Marina se segurou, não queria receber um xinga¹ ali em público. Ficou só ouvindo o rapaz falar, e pela primeira vez percebeu que não havia reparado nele ainda e que ele a observava com um olhar estranho. Então se sentiu novamente com o coração na boca. Já tinha se cansado daquela sensação e resolveu só esperar ele para de falar e sai dali correndo para o carro. Mas logo viu que seria muito mico² e desistiu.
                - Aí você se engana, Vitória da Conquista é a terceira maior cidade da Bahia e uns dos municípios que mais cresce no Brasil. E respondendo a sua segunda pergunta, desbravadora, não tinha como não reparar que vocês não são daqui. Afinal um carro que passa cinco vezes em uma rua só pode está sendo dirigido por alguém que está de alguma forma perdido.- Marina se espantou e como em um grito rouco perguntou dando um susto no garoto que acompanha o rapaz falante, ele devia ter uns quinze anos, mas era muito alto. – Como assim? A gente passou por aqui cinco vezes? – Outro garoto atrás de Sofia então comentou. – Olha gente então ela fala? – O primeiro rapaz, o  que liderava o bando de quatro garotos e que tinha falado até agora deu um riso abafado e então respondeu Marina com uma voz em tom mais baixo.
                - É brincadeira, vocês passaram por aqui duas vezes, mas aí eu olhei a placa do carro e vi que era de outro lugar, Distrito Federal, né? E hoje pela manhã eu vi a mudança na casa ao lado da minha, e então mais tarde vi você entrando na casa. Bom, enfim concluí que vocês não eram daqui. – O rapaz sorriu para ela e novamente a olhou com um olhar estranho que a fez arrepiar. Aquela situação estava mesmo muito embaraçadora, queria sair rapidamente dalí, mas se conteve. Estava até mais aliviada, uma vez que não tinha realmente passado tantas vezes no mesmo lugar, não se lembrava nem da primeira. Estava mais tranqüila também por saber que aquele rapaz era vizinho dela, pelo menos não era nenhum doido que ficava observando sua casa. Tinha um pavor intenso disso, nos últimos dois meses não saia de casa sem olhar atentamente o olho mágico várias vezes. Não queria ter que passar o que havia enfrentado com sua família dias atrás.
Aguardem....

Parte 7

Continuação...

Pra ver o grupo do qual a irmã falara se virou para trás em direção à avenida cheia de gente, notou então que era o mesmo grupo de jovens que tinha visto mais cedo na porta de casa. Se virou rapidamente para frente, com a respiração presa. Sofia então a olhou com preocupação.
- Ri, o que está pensando? Ri, o que você tem? ‘Tá passando mal? Ri?- Marina, tinha arregalado os olhos e agora estava com o coração a mil. Já começava a pensar até quando agüentaria tantas emoções fortes. Tinha mesmo uma resistência enorme, uma vez que na terceira vez no dia achava que seu coração ia voar pela sua boca. Então meio gaguejando tentou responder sua irmã.
-Sã..sã..ã..São os caras...que vi na porta de ca..sa mais cedo...eles tão vindo pra cá??- Marina teve um sobressalto da cadeira quando percebeu que a irmã respondeu que sim que, que aqueles jovens vinham em sua direção.
- Calma mana - Sofia quase não podia esconder a expressão de riso ao ver que irmã estava quase caindo da cadeira - Eles parecem ser inofensivos, e parecem ser muito gatinhos também. – Sofia então soltou uma das suas típicas gargalhadas.
Marina se aprontou para responder a irmã, mas não teve chance quando uma voz grossa de homem falou atrás dela. – Olá garotas, eu e meus amigos notamos que vocês são novas na cidade então viemos nos oferecer para ajudá-las no que precisarem.- Que estranho -Marina pensava, nunca tinha visto as pessoas serem gentis assim, a não que quisessem algo em troca. Esse pensamento provocou um aperto em seu peito, eles poderiam mesmo querer algo em troca. Novamente seu coração começou a bater forte, afinal como eles sabiam que elas eram de fora? Se aprontou então para respondê-los, mas sua irmã foi mais rápida.

:)............

Da autora...

Oi Gente,

estive uns dias fora e quero pedir desculpa. Estou iniciando o primeiro estágio na facul e tá uma loucura, mas hoje vou postar a parte sete do primeiro capítulo sobre da História de Marina. Gostaria de pedir para que vocês votem na enquete e deixe um comentário sobre o que acham de um livro blog.

Beijocassssssssssssss

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Parte 6

Continuação parte 5
Trinta minutos depois estavam as irmãs dando a segunda volta pelo centro da cidade. Não achavam nenhuma igreja aberta. Estranharam pois era domingo, e quase todas as igrejas realizavam cultos aos domingos. Mas decidiram parar em uma sorveteria em uma rua que tinham acabado de entrar, e então depois voltariam a procurar.
Depois de fazer uma mistura saborosa de morango, chocolate e maracujá com muitos doces, Sofia correu para a única mesa que se encontrava vazia no lado de fora do lugar. Marina preferiu o sorvete de pavê, o seu preferido, um gosto que aprendera com sua mãe. Após pesar e fazer o pagamento foi se sentar com sua irmã. Que imediatamente começou a tagarelar.
- Rí, você já viu como essa cidade é movimentada no domingo, parece que todos saem pra dar uma volta no mesmo dia. Olha ali aquele grupo de jovens como se divertem. Juro que eu nunca tinha visto essas coisas na capital. Cara, cidade pequena e fenomenal. Adorei!- Marina não pode deixar de rir de sua irmã, ela era sempre empolgada, e só notava o melhor do lugar. Simplesmente amava esse jeito dela. Achava que faziam uma ótima dupla, pois com seu jeito mais analítico conseguia observar tudo que a irmã deixava passa, e em troca Sofia a ajudava a tirar o melhor proveito de tudo. A verdade era que Marina era muito exigente, e essa parte ela realmente odiava em si mesma, pois achava que perdia muito querendo que as coisas estivessem sempre perfeitas. Pra ver o grupo do qual a irmã falara se virou para trás em direção à avenida cheia de gente, notou então que era o mesmo grupo de jovens que tinha visto mais cedo na porta de casa. Se virou rapidamente para frente, com a respiração presa. Sofia então a olhou com preocupação.
Aguardem... :)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Meu Diário

28 de Abril


Pensamentos


Segundo dia de viajem. Chegaremos hoje, na hora do almoço!


Hoje acordei e a primeira coisa que fiz foi ler a palavra. Peguei minha Bíblia e a primeira página que abrir foi no livro de Isaias, no capítulo 64. Meus olhos bateram direto nesse texto:


"Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos."


Eu sou barro, mas que tipo de barro?


Ser barro pra mim significa permitir ser mudado, ser transformado. E ser mudado para algo bonito, belo agradável aos olhos do oleiro.


Depois de ter lido esse versículo meditei ainda sentada na cama. É engraçado como as vezes algumas idéias voam na minha cabeça. Aproveitei então para registrar aqui no meu diário, quem sabe daqui a uma semana, um mês, um ano, esses pensamentos ainda venham ser úteis para me edificar...rsrs.


Eu sou barro? Sim, eu sou barro. Quero ser. Mas que tipo de barro? Aquele barro duro, difícil de amassar? Será que sou um barro que foge entre os dedos, muito líquido e que nunca assume uma forma firme? Ou será que sou os dois, aquele barro arisco, que em ora está aquoso, ora está muito duro? Pode ser que seja um barro que facilmente é levado pela água, que não permanece nunca em um lugar. Ou aquele que está tão preso nas rochas no fundo do rio que nunca se revela. A verdade é que existem vários tipos de barro. Tem aqueles também que são mais maleáveis, assumem forma à medida que a mão do oleiro passa sobre ele e se sua forma não for agradável ao oleiro ele pode ser novamente amassado e passar por um novo processo para virar um vaso perfeito à vontade do seu criador. Quero ser como esse ultimo, maleável. Um barro humilde, não um barro orgulhoso. Mas tenho a certeza de que todos nós somos barro, e que tipo de barro queremos ser? Sejamos aquele que se dispõe a ser moldado segundo a perfeita vontade de Deus.

Marina

sábado, 23 de outubro de 2010

Parte 5

O que seus pais não conheciam era que por trás da menina decidida que era Marina estava uma pessoas que sofria muito. Tomar decisões não era fácil para ela, mas fazia depois de analisar muito e ter certeza de que nunca voltaria atrás. Sabia que fora um episódio de indecisão sua que tinha levado sua família a sofrer grandemente.
Enquanto falava sua decisão a sua irmã, Marina ajeitava o relógio que havia voado no seu braço quando o bateu contra a parede no momento do susto. Então se lembrou dos jovens que conversavam na porta e perguntou a sua irmã:
                - Quando papai vai mandar alguém pra guardar a porta? Eles saíram, né? Deixaram você sozinha? Eles não estavam brigados?
                - Calma, calma sou sua irmã gêmea, mas sou uma só. Bom eu perguntei pro pai e ele disse que tinha colocado um sistema de segurança altamente sofisticado e bla-bla-blá, que estaríamos seguras. E sim, eles saíram. Foram verificar os documentos da casa com o antigo morador que vai viajar de madrugada. Eles fizeram as pazes. E continue o que estava falando.
                - Sim, que bom que fizeram as pazes. O que eu estava falando é que a gente poderia sair pra procurar uma sorveteria e procurar também uma igreja. O que você acha, poderíamos ir com o carro da mamãe. Sabe onde ela deixou as chaves?
                 - Quanto à sorveteria eu acho ótimo, mas podemos deixar o negócio da igreja para amanhã. Acho que mamãe guardou as chaves em cima da mesa. Realmente esse é seu melhor esconderijo se ela tem medo da gente andar de carro sozinhas em uma cidade nova. – Sofia soltou uma gargalhada de sua própria piada e Marina sinceramente não sabia porque a irmã se achava tão engraçada.
                - Porque devemos deixar igreja para amanhã? Quanto antes encontrarmos uma melhor. Não vejo a hora de achar pessoas que possam me ajudar a continuar na escolha que fiz semana passada.
                - Aff, Marina, como você é chata. Não sei para que tanta agonia se podemos achar uma igreja hoje, podemos achar uma amanhã também. E vamos ter a semana toda de folga já que as aulas só começam na semana que vem. Relaxa muié.
                - Você que é chata garota. Nós vamos procurar uma igreja hoje e pronto. Marina saiu batendo o pé enquanto ia buscar as chaves que estavam na cozinha. Estava decidida e sua irmã que só queria saber de festa não a faria mudar. - Mamãe e papai saíram a pé foi? Aqui as coisas devem ser mais perto do que em Brasília.
                - Não. O homem que vendeu a casa veio buscá-los. Sofia passou a seguir a irmã, já tinha aprendido muito bem que não podia forçar Marina a fazer o que ela não queria.

Continua...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Meu Diário...

27 de Abril

A viajem é longa, muito longa. Me sinto cansada só de pensar, mas o que posso fazer? Na verdade, queria ter asas, ou ser bem rápida para em momentos monótonos como esse voar, voar, voar. Mas queria também que os momentos mais alegres e felizes demorassem mais para acabar. Meu coração está cheio de quereres, de desejos. Sei que não posso ter tudo que quero, mas nesse momento tenho algo que sempre desejei: FELICIDADE. 'Tá legal que já fui feliz em vários momentos da minha vida, mas nunca tive felicidade igual a essa que tenho agora. Minha família passou por um desastre, mas estou calma. Não que seja insensível, fiquei realmente muito abalada com o que aconteceu. Estou tranquila, diferente de outras situações. Sei que já teria passado meu limite, estaria toda descabelada, soltando fumaça pelas narinas e bateria em qualquer engraçadinho que passasse na minha frente...kkk. Não se assuste, mas essa era eu, um touro bravo, quieta no canto, mas vai me cutucar pra tu vê...kkk. O segredo eu sei de agora está assim, "domada". E é ele uma escolha que fiz, a mais certa da minha vida. Faz só três dias. E agora estou indo embora da minha cidade. Meu coração doí, muito. Queria ter a oportunidade de fazer mais amigos, aprender mais sobre a nova vida que temos depois que fazemos essa decisão. Mas de qualquer forma estou convicta, não desistirei, vou atrás daqueles que podem me ajudar.... É parece que meu pai achou um lugar para almoçarmos. Fico por aqui.

Para mim esse dia não vai passar nunca! Onde já se viu? Doze horas dentro de um carro?

Marina

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Parte 4

Continuação...
Seu rosto assumiu um tom vermelho berrante proporcional ao sangue que subia suas veias, estava com muita raiva.
- Sofia! Sua doida, que me matar? Em uma rápida explosão Marina avança por cima de sua irmã que se encontra jogada ao chão rindo, ria tanto que lhe faltava ar. Levantando-se, Sofia defende da irmã e em entre risos diz:
- Ô irmãzinha querida, só achei que você precisava de um pouco de ânimo, anda muito séria. Vamos se divirta!
Marina olhou para sua irmã que parecia mesmo está se divertindo a suas custas, não a custas de sua vida, porque agora ela poderia está desesperada procurando seu coração que estaria repousando no canteiro fora de sua casa. Realmente seria muito engraçado se não tivesse com tanta raiva. Sua irmã sabia como a tirar do sério. Elas eram gêmeas, mas completamente o oposto da outra em todos os sentidos. Não se pareciam em nada, Sofia era dez centímetros mais baixa, com cabelo castanho claro e curto, rosto redondo e bonito, com olhos pequenos e meigos. Mas meigos eram só mesmo os olhos, pois era tão desastrada e impulsiva que deixava seus pais loucos com suas trapalhadas. Além de conversar que nem um papagaio. Mas era extremamente cativante, não tinha aquele que não gostasse de Sofia.
Marina era seu oposto com seus 1,74 de altura, era muito reservada e observadora. Era super meticulosa e perfeccionista. Seus cabelos escuros e levemente enrolados alcançavam sua cintura e assumiam um belo contraste com os olhos cor de mel, um quase bem claro tom de amarelo. Tinha em comum com a irmã que era muito cativante, fazia amigos com facilidade. Seus pais a apreciavam pala sua forma de tomar decisões, era muito certa do que queria. Por isso sabiam que ela não voltaria na sua decisão de servir a Cristo. E era dessa forma que realmente pensava, teria então que achar uma igreja rapidamente. Para isso teria que deixar a incrível idéia de pregar uma peça em Sofia para mais tarde.
Aguardem...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Parte 3

Quando enfim chegou ao portão de casa avistou alguns jovens conversando e olhando para ela, seu coração começou a bater mais forte, tinha medo dessas situações. Já estava escurecendo. Suas mãos tremiam enquanto tirava as chaves do bolso da calça, demorou o que lhe pareceu uma eternidade para finalmente abrir o portão de casa. Entrou e rapidamente fechou a porta atrás de si.  Respirava profundamente tentando se acalmar. Quando retomou o fôlego pensou o quanto estúpida estava sendo, Matias havia lhe falado que não precisava mais temer que Jesus era seu protetor agora. O que aconteceu é que não havia ainda superado um trauma do passado, algo que mudou a vida de toda sua família, estava longe de amigos e parentes por isso, e inconscientemente se sentia ameaçada.
Procurou se acalmar e orar como seu amigo havia lhe ensinado. Voltou ao que estava planejando que era chamar sua irmã para sair. Ao entrar em casa percebeu que estava tudo silencioso. Certamente todos haviam saído. Mas ouviu um som e percebeu que Sofia ainda escutava música. Foi então que ouviu um grito pavoroso atrás de si. Seu coração parecia que pela segunda vez ia sair pela boca, mas dessa vez ele rodopiaria e passaria através da janela caindo no canteiro do jardim tamanho era seu susto. Com um reflexo votou-se rapidamente para trás como alguém que tenta se defender. Viu então uma horrível máscara de monstro balançando de um lado para o outro. Se preparava para um novo grito quando percebeu a cabeleira castanho claro saindo pelas bordas. Sua irmã, Sofia havia lhe pregado um susto. Seu rosto assumiu um tom vermelho berrante proporcional ao sangue que subia suas veias, estava com muita raiva.

Continua...

Parte 2

Deu a volta e começou a andar em direção a rua que ficava sua casa. Devia ter andado uns oito quilômetros, estava cansada. Passada a raiva inicial percebeu que até aquele momento não tinha observado as fachadas das casas pelas quais passava, então começou a notar que eram diferentes. Não podia dizer muito bem em que eram diferentes, mas algo lhe chamava a atenção e ela não podia explicar o que era. Depois que conheceu Matias e ouviu as coisas que ele lhe dizia, e também fez aquele compromisso com o Salvador, como Matias havia lhe apresentado, nunca mais foi a mesma. Mas ele tinha ficado lá, na sua antiga cidade, muito distante de onde estavam agora. Tinha tantas perguntas para fazer, mas ele estava tão longe. Afinal, tinha tomado uma decisão que mudaria para sempre sua vida, quaria continuar aprendendo, e era o que faria agora naquela cidade com nome tão engraçado, pra não dizer redundante, Vitória da Conquista. Era um nome bom, bem positivo. Algo preenchia seu coração quando pensava nessa cidade, era algo muito bom mesmo.
Mas então percebeu que faltava pouco para chegar em casa, já podia avistá-la. Não queria ver a cara emburrada de sua mãe, odiava aquele clima. Então pensou em o que faria, iria chamar Sofia para ir procurar uma sorveteria, aí poderiam também procurar uma igreja. Queria muito um lugar para continuar tendo comunhão com Deus, sabia que uma Igreja seria o melhor lugar, e também Matias havia a aconselhado a procurar uma igreja rapidamente, assim que chegasse à cidade. Pela manhã tinha discutido a idéia com o pai, mas ele não deu muita importância. Decidiu que pegaria o carro e sairia pelas ruas da cidade procurando e visitaria a todas que encontrasse, aquela que mais tocasse seu coração era ali que ficaria.
 Continua...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parte 1

Tudo muito novo

A tarde já estava acabando, Marina sabia que não adiantava continuar andando. Já tinha se distanciado muito de casa e agora precisava voltar. Mas seu coração a clamava para não voltar, para não ter que ver aquela cena mais uma vez, ela se sentia solitária e desconfortável. Estava escurecendo e inevitavelmente teria que retornar ao seu lar, se é que podia chamar aquilo de lar. Depois da mudança, nada tinha sido o mesmo.
Mais cedo enquanto arrumava seu guarda-roupa, tirando tudo que estava na mala, ouviu gritos vindos da sala. Era seu pai e sua mãe que discutiam novamente. Não dava para evitar ouvir o que diziam, suas vozes estavam exaltadas. Um nó transpassou em sua garganta até chegar ao peito. Nunca havia presenciado tantas discussões entre seus pais como nos últimos dias. Mas podia ter previsto isso, pois eles andavam tão distantes, não se falavam. Sua irmã, Sofia, já havia notado, mas Marina achou que fosse algo passageiro e não deu muita importância. A mudança para aquela nova cidade tinha desgastado muito os dois, aliais a todos.

Continua...
Essa estória é um romance fictício sobre uma garota que resolveu tomar uma dificil escolha, andar no caminho estreito de uma vida de serva do Senhor. Hoje vou postar parte do primeiro capítulo que escrevi já tem um mês. Na verdade, eu entreguei o primeiro capítulo para minha "editora"(minha mãezinha querida, rsrs) da uma olhada, mas ela 'tá demorando muito. Então resolvi colocar assim mesmo, se tiver alguma coisa depois concerto. O primeiro capítulo estará dividido em partes.

Só para lembrar, essa história é uma ficção que criei e não diz respeito a niguém(talvez a mim mesma, mas tudo bem).

Então leiam e aproveitem.

Beijocas.