terça-feira, 26 de outubro de 2010

Meu Diário

28 de Abril


Pensamentos


Segundo dia de viajem. Chegaremos hoje, na hora do almoço!


Hoje acordei e a primeira coisa que fiz foi ler a palavra. Peguei minha Bíblia e a primeira página que abrir foi no livro de Isaias, no capítulo 64. Meus olhos bateram direto nesse texto:


"Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos."


Eu sou barro, mas que tipo de barro?


Ser barro pra mim significa permitir ser mudado, ser transformado. E ser mudado para algo bonito, belo agradável aos olhos do oleiro.


Depois de ter lido esse versículo meditei ainda sentada na cama. É engraçado como as vezes algumas idéias voam na minha cabeça. Aproveitei então para registrar aqui no meu diário, quem sabe daqui a uma semana, um mês, um ano, esses pensamentos ainda venham ser úteis para me edificar...rsrs.


Eu sou barro? Sim, eu sou barro. Quero ser. Mas que tipo de barro? Aquele barro duro, difícil de amassar? Será que sou um barro que foge entre os dedos, muito líquido e que nunca assume uma forma firme? Ou será que sou os dois, aquele barro arisco, que em ora está aquoso, ora está muito duro? Pode ser que seja um barro que facilmente é levado pela água, que não permanece nunca em um lugar. Ou aquele que está tão preso nas rochas no fundo do rio que nunca se revela. A verdade é que existem vários tipos de barro. Tem aqueles também que são mais maleáveis, assumem forma à medida que a mão do oleiro passa sobre ele e se sua forma não for agradável ao oleiro ele pode ser novamente amassado e passar por um novo processo para virar um vaso perfeito à vontade do seu criador. Quero ser como esse ultimo, maleável. Um barro humilde, não um barro orgulhoso. Mas tenho a certeza de que todos nós somos barro, e que tipo de barro queremos ser? Sejamos aquele que se dispõe a ser moldado segundo a perfeita vontade de Deus.

Marina