terça-feira, 19 de outubro de 2010

Parte 2

Deu a volta e começou a andar em direção a rua que ficava sua casa. Devia ter andado uns oito quilômetros, estava cansada. Passada a raiva inicial percebeu que até aquele momento não tinha observado as fachadas das casas pelas quais passava, então começou a notar que eram diferentes. Não podia dizer muito bem em que eram diferentes, mas algo lhe chamava a atenção e ela não podia explicar o que era. Depois que conheceu Matias e ouviu as coisas que ele lhe dizia, e também fez aquele compromisso com o Salvador, como Matias havia lhe apresentado, nunca mais foi a mesma. Mas ele tinha ficado lá, na sua antiga cidade, muito distante de onde estavam agora. Tinha tantas perguntas para fazer, mas ele estava tão longe. Afinal, tinha tomado uma decisão que mudaria para sempre sua vida, quaria continuar aprendendo, e era o que faria agora naquela cidade com nome tão engraçado, pra não dizer redundante, Vitória da Conquista. Era um nome bom, bem positivo. Algo preenchia seu coração quando pensava nessa cidade, era algo muito bom mesmo.
Mas então percebeu que faltava pouco para chegar em casa, já podia avistá-la. Não queria ver a cara emburrada de sua mãe, odiava aquele clima. Então pensou em o que faria, iria chamar Sofia para ir procurar uma sorveteria, aí poderiam também procurar uma igreja. Queria muito um lugar para continuar tendo comunhão com Deus, sabia que uma Igreja seria o melhor lugar, e também Matias havia a aconselhado a procurar uma igreja rapidamente, assim que chegasse à cidade. Pela manhã tinha discutido a idéia com o pai, mas ele não deu muita importância. Decidiu que pegaria o carro e sairia pelas ruas da cidade procurando e visitaria a todas que encontrasse, aquela que mais tocasse seu coração era ali que ficaria.
 Continua...

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